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terça-feira, 14 de abril de 2015

POESIA POPULAR NORDESTINA

Eu só sei cortar mato de enxada 
Amansar burro brabo e fazer broca 
Dar solfejos com flauta de taboca 
Tirar leite rompendo a madrugada 
Meu cardápio é queijo com coalhada, 
Rapadura batida com feijão 
Já botei muita água de galão 
Enchi pote com água de barreiro 
Sou poeta, matuto e violeiro 
E as histórias que conto é do sertão.
Hélio Crisanto

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